UNIVERSIDADE ESTADUAL
DE GOIÁS
UNIDADE UNIVERSITÁRIA
DE INHUMAS
CURSO DE PEDAGOGIA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL – VESPERTINO
CAMPO DE
ESTÁGIO: ESCOLA MUNICIPAL PERALTA
TURMA: 2º
PERÍODO
PROFESSORA:
VALDETE
PROFª DE
ESTÁGIO SUPERVISIONADO: VALDIRENE ALVES DE OLIVEIRA
ACADÊMICAS:
MARIA DO CARMO S.V. NOVAIS
MARINELE LOPES DO
CARMO
MILAINE ALVES AMARAL
NAYARA CRISTINA
OLIVEIRA SILVA
INHUMAS
2014
PLANO DE AULA DO DIA 20/10/14
§
TEMA
Letramento e Literatura
§
JUSTIFICATIVA
A fim de atendermos às
necessidades apresentadas pelas crianças no período de observação do estágio,
nosso planejamento para o segundo encontro de regência no 2º período da Escola
Municipal Peralta está pautado no Projeto de Estágio intitulado “Para além da
sala de aula: descobrindo o mundo que há em mim e fora de mim”, que tem como
pressuposto ir além da sala de aula no
sentido de ampliar o desenvolvimento integral das crianças, através de um
ambiente lúdico e desafiador que permita a exploração, favoreça a curiosidade,
possibilite muitas descobertas e a troca, que promova aa construção de
conhecimentos de forma significativa, interativa e inclusiva, mediante o
aproveitamento, ao máximo, dos espaços oferecidos pela instituição. Todas essas
premissas assentadas em uma perspectiva de letramento, no intuito de dar
continuidade ao processo de construção da identidade e autonomia iniciado por
elas.
A partir das necessidades
que observamos é importante que exploremos o espaço que a escola tem, para que
possamos ir além da sala de aula, não só no sentido de impactar a criança com
os livros, brincadeiras, adivinhas e cantigas de rodas, mas sim para tornar este contato com os livros, as
palavras e a leitura divertido e agradável. Segundo Leal;Albuquerque;Leite,2005,p.117-118(
apud BRANDÃO e ROSA 2011,p.57-58):
Quando cantamos músicas e cantigas de roda; ou recitamos
parlendas, poemas, quadrinhas; ou desafiamos os colegas com diferentes
adivinhações; estamos nos envolvendo com a linguagem de uma forma lúdica e
prazerosa. Da mesma forma, são variados os tipos de jogos que fazem parte da
nossa cultura e que envolvem a linguagem. Quem nunca brincou, fora da escola,
do jogo da forca, ou de adedanha, ou de palavras cruzadas; dentre outras
brincadeiras?
Assim, entendemos que há
várias formas de trabalhar o letramento
com músicas, cantigas de rodas e entre outros. Essas brincadeiras ajudam na
interação da criança, por meio da língua, além de promover a ela momentos
prazerosos. É importante que essas brincadeiras sejam direcionadas e muitas
estão relacionadas com a cultura em que a criança vive e aprende.
Dessa forma, em nosso segundo momento de
regência, iremos propor às crianças atividades de letramento relacionadas à
literatura infantil (havia sido planejado para o primeiro encontro, mas não foi
possível executar devido ao tempo) e também algumas brincadeiras de rodas e
adivinhas no intuito de propiciar o desenvolvimento da interação, oralidade,
vocabulário, criatividade, imaginação, inventividade, escuta, atenção,
cooperação e o respeito às regras e aos colegas, correlacionados à inclusão e
ao processo de construção da identidade e autonomia delas, e também, através de
uma atividade envolvendo o contato com diversos materiais escritos como livros
de literatura infantil, gibis, revistas, jornais e outros, para que elas possam manuseá-los de
forma lúdica, prazerosa, sem restrições, explorando suas imagens, conteúdos,
descobrindo o universo que eles podem lhes oferecer.
Soares, apud Maricato, (2005,
p.18) afirma: “é preciso desmanchar essa ideia do livro como objeto sagrado; é
sagrado sim, mas para estar nas mãos das pessoas, ser manipulado pelas
crianças”, ou seja, favorecer a aquisição espontânea do gosto e do amor genuíno
pela leitura e pelos livros e estimulando a formação delas como leitores
capazes de interpretar, compreender, interferir e transformar o mundo do qual
fazem parte. Além de também propormos as brincadeiras e cantigas de rodas, como
uma forma lúdica de trabalhar a linguagem. Também vamos propor às crianças o
recreio direcionado com brincadeiras mediadas por nós, a fim de promover a
sociabilidade através da interação entre as turmas, resgatar e valorizar a
ludicidade.
Por fim, esperamos que nossa
proposta tenha sentido e significado e possa favorecer e incentivar o
desenvolvimento integral das crianças, como sujeitos de direito que acreditamos
que elas são no sentido de se tornarem protagonistas de seu aprendizado e de
sua formação plena para a vida.
OBJETIVOS
-
Propiciar às crianças o contato e a interação com os livros e através dos
livros;
- Despertar o gosto pela
leitura;
- Promover o acesso à
cultura letrada e a valorização da leitura como fonte de prazer e
entretenimento;
- Proporcionar situações de
leitura e contos compartilhados aproveitando os espaços da instituição;
- Desenvolver a autonomia,
imaginação, criatividade, atenção, oralidade, interpretação, cooperação,
inventividade, afetividade, interação, coordenação motora, linguagem corporal,
equilíbrio, lateralidade;
- Estimular a aprendizagem
de novas brincadeiras e o resgate das antigas brincadeiras de roda;
- Favorecer a sociabilidade,
a compreensão de regras e o respeito ao outro.
METODOLOGIA
No
dia 20 de outubro de 2014, nós, o grupo de estágio da sala do segundo período
irá trabalhar com o “Pé de Quê?”, mas, antes de iniciarmos com a proposta do
dia vamos ter um momento de conversa com as crianças para que elas fiquem
cientes do que irá acontecer durante esta segunda feira. Após esta rápida
conversa iniciaremos o “Pé de que?” No primeiro horário antes do recreio as crianças poderão ter contato com livros e
revistas utilizando o espaço externo da unidade em uma de suas árvores com o “Pé de Quê? Queremos influenciar as crianças a
gostarem de leitura e aflorarem a imaginação e criatividade através da
interação entre criança-criança, criança-adulto e criança-literatura através da
leitura e de nossa mediação.
Participaremos
também do momento cultural e novamente vamos questionar as crianças sobre o que
mais gostaram, o que já conheciam, etc.. Após a apresentação teremos o recreio
que terá a participação de nós estagiários também com brincadeiras.
Após
o recreio vamos propor às crianças irmos novamente para o espaço externo onde
trabalharemos com cantigas de roda e brincadeiras em geral como: corre cutia,
mestre mandou, amarelinha, ciranda-cirandinha, telefone sem fio, entre outras. Elas
poderão ampliar sua autonomia e também a noção de respeito a regras do jogo,
estimular sua coordenação motora, atenção e imaginação, sequência numérica,
equilíbrio lateralidade, criatividade e linguagem oral e corporal.
RECURSOS
-
TNT, almofadas;
-
Materiais escritos diversos como livros de literatura infantil, gibis, jornais,
revistas, etc;
-
Elásticos;
AVALIAÇÃO:
Avaliaremos
o nosso segundo dia de regência através das relações das crianças com as
atividades propostas por nós (da relação criança-criança, criança-professor);
respeitando o direito e a individualidade de cada uma. Contaremos como apoio
para a avaliação os nossos registros escritos e fotográficos que faremos no
decorrer do desenvolvimento das atividades. Também analisaremos os lados
positivos e negativos da nossa prática e de como estes interferiram no percurso
do planejamento.
REAVALIANDO O DIA:
O estágio do dia 13 de outubro de
2014 foi a primeira etapa de regência que vivenciamos na Escola Peralta. Neste
primeiro dia de estágio todos os momentos foram planejados. Como nosso projeto
segue na perspectiva de letramento e brincadeiras mediante o incentivo da
autonomia da criança e com o aproveitamento dos espaços, tanto interno como
externos, propusemos atividades em que as crianças pudessem ter contatos com os
livros, através de rodas de conversas dentro da sala e de um pé de livro
debaixo de uma árvore no parquinho.
Como a sala é muito pequena e como já
havíamos planejado, logo que chegamos organizamos as mesas e cadeiras umas
sobre as outras de maneira que abrisse um espaço para que pudéssemos forrar o
chão com as colchas e os TNTs que levamos. Em seguida pedimos para as crianças
que se sentassem em roda: neste mesmo instante outras integrantes do grupo
estavam escrevendo em folha de papel chamex o nome de cada criança em letra
bastão (a maioria das crianças está acostumada a trabalhar e ler essa letra), e
em seguida escrevemos nossos nomes no quadro negro e apresentamos a elas.
Quando a roda já estava formada e
organizada iniciamos a atividade com a entrega do nome escrito para cada
criança na folha de chamex e perguntamos
a cada uma quais os contatos com livros que já havia tido; de qual historinha
gostava mais; se conheciam diferentes objetos de leitura como revistas,
jornais, gibis, entre outros. Em seguida foi apresentada a eles uma caixa
surpresa onde cada um pode retirar dali um objeto e contar algo sobre ou ler e
comentar quando era livro, para todos que estavam na roda. Como a temperatura
do dia estava muito elevada e o ventilador da sala não estava funcionando, as
crianças começaram a se dispersar do que estávamos propondo, mas com calma
conseguimos com que nossa primeira proposta fosse concretizada.
Também escolhemos uma história para
contar e comentar com elas, do livro “A Tartaruga e a Lebre”. Apresentamos uma
bonequinha da Emília da história do “Sítio do Pica Pau Amarelo” de Monteiro
Lobato e cada criança contou o que conhecia da história, dos personagens, dentre
outras coisas: e em seguida criamos todos juntos uma história da Emília e do
Sítio do Pica Pau Amarelo. Trabalhamos com eles palavras que começassem com a
mesma letra do objeto que havia sido retirado da caixa. Logo em seguida às
15:00h horas foi servido o lanche e
depois nós os acompanhamos para o momento cultural junto de todas as outras
turmas da escola, do lado de fora. Foi forrado TNT no chão, as crianças se
sentaram e assistiram ao um teatro de fantoches de uma música do grupo Palavra
Cantada (O Rato); elas adoraram a apresentação: algumas pediram para que
apresentassem novamente. No intervalo do recreio eles brincaram livremente com
as crianças das outras turmas.
Para
o segundo momento, tínhamos planejado o pé de livro, mas como o tempo estava curto
devido o decorrer das atividades e como para desenvolver esta proposta era
preciso de mais tempo; deixamos para a próxima regência e colocamos em prática
o plano “B”.
Então os conduzimos novamente para a sala e
como estava com muito calor, deixamos que eles ficassem sentados no chão,
colocamos uma musiquinha bem calma e entregamos uma folha de chamex para cada
criança e pedimos para que elas desenhassem e colorissem algo relacionado ao
que nós havíamos trabalhado com elas.
Por fim venceu o nosso horário; algumas crianças ainda ficaram
terminando de colorir o desenho com a professora regente. Algo que notamos é
que eles pedem muito atividades de escrita com relação ao que estávamos
propondo a eles.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
BRANDÃO, Ana Carolina Perrusi. ROSA, Ester
Calland de Sousa (Orgs.). Ler e Escrever
na Educação Infantil: Discutindo práticas pedagógicas. Belo Horizonte, São
Paulo, 2011, 2ª Ed., 189 p.